O dia 22 de março é marcado pela necessidade de a humanidade ser permanentemente lembrada de que precisamos repensar nossas atitudes em relação ao meio ambiente. É um dia de gritarmos bem alto que estamos fazendo tudo errado. Geramos milhões de toneladas de lixo todos os dias. Emitimos gás carbônico na atmosfera, até quando não precisamos. Abusamos da boa vontade da terra poluindo suas águas. Transformamos as florestas em verdadeiras churrasqueiras em nome da ganância e da exploração de recursos naturais de uma forma absolutamente irresponsável.
Sim, estamos matando nosso futuro.
Guerras são estimuladas em nome do petróleo, quando o mais sensato seria os governos concentrarem seus esforços no desenvolvimento de tecnologias de energia limpa. As embalagens ganham, a cada dia, mais valor do que o produto, contribuindo para os lixões se espalharem pelo mundo e os oceanos serem inundados com boa parte do lixo gerado. O aquecimento global derrete as calotas polares, aumentando o nível dos oceanos, e grassam os negacionistas mundo afora e aqui no Brasil ignorando que a situação é crítica.
Mudarmos o destino para onde trilhamos depende, inexoravelmente, de nós. À humanidade cabe a reversão deste triste futuro. Talvez não soframos os maiores reflexos, mas com certeza nossos filhos e netos, as próximas gerações, serão fortemente impactados. Mudanças de comportamentos individuais são fundamentais para essa construção. Mudarmos nosso cotidiano, usando menos os carros, gerando menos lixo em nosso dia a dia, até mesmo plantando uma árvore.
Mas claro que as ações dos governos, por seu maior alcance e impacto, são fundamentais para construirmos um mundo melhor e mais comprometido com o meio ambiente. Cuidar das florestas e combater o garimpo ilegal, por exemplo, seria uma medida responsável e que caminha nesse sentido. Mas também cuidar de nossas águas cuidando do saneamento básico nas cidades. E nesse particular o governo de São Paulo tem deixado muito claro suas preocupações com as gerações futuras.
Na Assembleia Legislativa aprovamos financiamentos específicos para saneamento. O Estado de São Paulo dirige esses investimentos na ampliação dos serviços de saneamento e programas de sustentabilidade, no qual se podem destacar o Projeto do Novo Rio Pinheiros, cuja meta é reduzir o esgoto lançado em seus afluentes até o final de 2022, o Projeto Tietê, além do Pró-Billings – ação para a melhoria da água da represa – e do Programa Córrego Limpo. As ações de governos e o apoio da população são vitais para garantir água limpa e saneamento; energia acessível; comunidades sustentáveis; combate às alterações climáticas; alguns dos itens dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.
*Vinicius Camarinha é deputado estadual e Líder do Governo na Assembleia Legislativa de São Paulo