Continua repercutindo a representação protocolada no Ministério Público pelo deputado estadual Vinicius Camarinha, onde ele cobra a aplicação de recurso de R$ 70 milhões que o governo do prefeito Daniel Alonso recebeu para as medidas de enfrentamento da pandemia. “A representação nada mais é para que a população obtenha conhecimento do uso dessa verba vinda dos governos estadual e federal. É um valor significativo, porém o que a gente menos vê em Marília são ações de apoio aos hospitais e com a importância de mitigar os reflexos da pandemia do coronavírus junto à população”, disse o parlamentar.
Com a representação, o MP deverá apurar porque a prefeitura não investiu em leitos, nos hospitais e em outras ações de combate à pandemia. “Deverá ser feito um pente fino para sabermos onde foram parar os recursos dos R$ 70 milhões, uma investigação sobre possíveis desvios de dinheiro”.
Vinicius ainda completa que é inadmissível ver os inúmeros problemas enfrentados pela população desde o início da pandemia, como:
- Falta de vacinas
- Dificuldades no agendamento da vacinação e falta de estrutura adequada para o atendimento dos idosos ao serem vacinados
- Falta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva)
- Pressão sobre a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para o atendimento de urgência e emergência
“A saúde vive um verdadeiro colapso e é papel do prefeito tomar para si a responsabilidade de melhor gerir os recursos, aplicá-los da forma mais transparente e correta. Não houve a compra de equipamentos como respiradores, por exemplo, em apoio aos hospitais, não houve a contratação de UTIs, insumos para o kit intubação e ainda insiste no fechamento das Unidades Básicas de Saúde. Não podemos aceitar que a administração municipal empurre para a UPA ou o PA (Pronto Atendimento) da zona Sul a responsabilidade do tratamento de UTI, dos casos mais graves da doença. O que vimos até agora é negligência e omissão”, reiterou Vinicius Camarinha.
Até esse sábado (27), Marília já contabilizava 16.747 casos de covid-19, com 280 mortes confirmadas, seis óbitos em investigação e 153 pessoas internadas.